Rumo à nona: com 8 títulos, Seleção Brasileira projeta campanha sólida na Copa América Feminina

Arthur Elias reforça confiança na equipe e aposta em trabalho técnico, estudo das adversárias e oportunidades para a nova geração

Vencedora de oito das nove edições realizadas da Copa América, a Seleção Brasileira lida bem com o favoritismo que lhe é atribuído às vésperas da competição. O tema surgiu na coletiva concedida pelo técnico Arthur Elias nesta terça-feira (8), que não hesitou em revelar a meta de deixar o Equador com o nono troféu. A receita para o título? Horas de trabalho diário, motivação para extrair o melhor das atletas e estudo das adversárias para conhecer os perigos que podem trazer.

Desde o término das Olimpíadas a Seleção Brasileira Feminina voltou as atenções para a Copa América. A preparação incluiu amistosos contra adversárias qualificadas, como Estados Unidos, Japão e França. E o bom desempenho desde então rendeu frutos no campo, com melhorias técnicas e táticas, e no ranking da FIFA: a Seleção agora é a 4ª na lista – a melhor colocada entre as Sul-Americanas.

Apesar de valorizar o retrospecto recente e não fugir da responsabilidade, Arthur Elias sabe que o cenário do futebol na América do Sul acompanha a evolução vista no futebol global.

“Encaro (a Copa América) como uma competição que nós temos, sim, a responsabilidade de vencer. O Brasil venceu oito de nove, então a gente não pode fazer diferente. A gente quer que a Seleção evolua e conquiste mais do que conquistou, mas entendendo que o futebol sul-americano, assim como no mundo inteiro cresceu”, disse Elias, que enxerga Brasil e Colômbia em um nível maior que as demais Seleções.

A estreia na competição colocará Arthur Elias diante de um velho conhecido: o brasileiro Ricardo Belli, ex-Palmeiras, agora técnico da Seleção da Venezuela. O histórico, porém, não é visto como vantagem neste momento. “Agora é diferente. Estamos em Seleções. Independente de termos nos enfrentado, a gente estuda cada adversário. Vemos o que tem feito nos últimos jogos e tentamos prever o que podem fazer contra o Brasil”, afirmou.

A preparação para a Copa América une jogadoras da base ao grupo de convocadas, dando intensidade para as atividadesCréditos: Lívia Villas Boas/CBF

Na coletiva, o técnico abordou ainda a competitividade que tem sido marca dos treinamentos para a Copa América. A metodologia de agregar ao grupo atletas convidadas e das categorias de base traz renovação e intensidade aos trabalhos. E para as jogadoras que estão chegando, a hora é de mostrar serviço em busca de uma vaga no time.

“Não adianta a gente fazer um processo de renovação sem realmente dar oportunidade de serem convocadas e de jogarem”, disse o treinador.