Imagina você negociar ao longo de três anos com um chefe e, depois de ser contratado, uma decisão judicial faz com que seu superior passe a ser outro sujeito?
Pois é isso que Carlo Ancelotti vive na CBF, desde que Ednaldo Rodrigues foi aposto no comando da entidade.
Mas quem preenche as cadeiras mais poderosas da CBF já tratou de contornar a situação.
Hoje, Samir Xaud será eleito presidente da entidade, após o período aproximado de 10 dias com Fernando Sarney de interventor.
À noite, Ancelotti desembarca no Rio e será apresentado amanhã.
Os movimentos desde que Ednaldo perdeu o lugar no gabinete da presidência foram de excitação dos ânimos e deixaram o italiano confortável.
Não foi interesse de ninguém na CBF romper o acordo — por mais que se admita que o investimento é alto: na casa dos R$ 5 milhões mensais com o treinador.
Mas os que a nova gestão da CBF fez foi reforçar que os termos não fossem alterados e sinalizar autonomia para o trabalho do técnico.
O discurso de Samir impede o mínimo possível na condução da seleção dentro de campo. Indicou que a não presença será frequente no vestiário e nem viajará diretamente com a delegação.